BONDADE, UM INVESTIMENTO
Quando fazemos o bem aos outros, somos os primeiros beneficiados. O bem
que praticamos retorna para nós mesmos. A Bíblia diz: “Certos de que
cada um, se fizer alguma coisa boa receberá isso outra vez do Senhor”.
Colhemos com fartura o que semeamos no campo do outro. A prática do bem é
o melhor e o mais seguro investimento que podemos fazer. O apóstolo
Paulo diz que o marido que ama a sua
mulher a si mesmo se ama. E Salomão diz que quem faz o bem aos outros, a
si mesmo o faz. Não é essa, porém, a realidade do perverso.
O
mal que ele intenta fazer contra o próximo cai sobre sua própria cabeça.
Ele recebe a paga de sua própria maldade. O homem cruel é como um louco
que fere a si mesmo. Ele comete o desatino da autofagia. As flechas
envenenadas que lança sobre os outros, voltam-se contra ele mesmo. A
crueldade, antes de destruir o destinatário, destrói o remetente. A
bondade é um investimento em si mesmo, mas a crueldade é a destruição de
si mesmo. Fazer o bem compensa, mas praticar o mal é a mais consumada
loucura.
“O homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere.” Pv 11.17
(Fonte: Cada Dia - Outubro de 2011 - Autor: Hernandes Dias Lopes)
Projeto Carisma
Uma Comunidade Presbiteriana
“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.” Sl 66.20
A oração é a força mais poderosa
na terra. Uma igreja que ora tem em suas mãos uma usina de poder.
Tocamos o mundo inteiro com nossas orações. Um crente de joelhos é mais
poderoso que um exército. Quando a oração sobe, a graça desce.
Quando Deus escuta a voz da oração, ele dispensa favor. Porque
Deus escuta as orações, a ele se achegam todos os homens e os
milagres acontecem na história. Os tremendos feitos de Deus na terra
são resultado das orações do seu povo.
Porque o povo de Deus orou no cativeiro,
Deus viu, ouviu e desceu para livrá-lo. Porque o povo de Deus orou no
deserto, Deus converteu o mar em terra seca. Porque o povo de Deus orou,
os inimigos foram desbaratados. O altar está conectado com o
trono. Pela oração, a fraqueza humana é ligada à onipotência divina. E
as mesmas orações que sobem do altar para o trono, descem do trono para a
terra, traduzidas em intervenções soberanas de Deus na história.
Deus escolheu agir por intermédio das
orações da igreja. Porque Deus escuta as orações, coisa nenhuma é
impossível para nós, pois nada é impossível para Deus. Tudo quanto Deus
quer fazer, ele pode fazer em resposta às orações. Pode fazer
infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos conforme o
seu poder que opera em nós.
(Fonte: Devocionário Cada Dia - Hernandes Dias Lopes)
FIZ TUDO CERTO DEU TUDO ERRADO
E quando fazemos tudo certo, mas as coisas não acontecem como queremos?
Ontem
comecei uma série de pregações sobre os dois primeiros capítulos do
Evangelho de Lucas. A sessão que nos ocupou foi aquela referente à
predição do nascimento de João Batista. É interessante ver que o texto
por três vezes faz alusão ao olhar de Deus (vv. 6,15 e 25). A impressão
que tenho é que o autor quer chamar nossa atenção para a necessidade que
temos de nos preocupar mais com o que Deus pensa de nossas atitudes do
que sobre o que as pessoas acham do que fazemos. A avaliação que deve
contar, em ultima instância, é a do Senhor da criação e não a das
criaturas. Entretanto, lamentavelmente, preferimos empreender esforços
para satisfazer às expectativas das pessoas do que as expectativas de
Deus.
Pensei
sobre isso quando coloquei o foco sobre o casal Izabel e Zacarias (os
pais de João). O texto reserva palavras elogiosas para falar da piedade e
da justiça daquele casal. Eram escrupulosos no cumprimento dos
preceitos da Lei de Deus a ponto do texto usar uma palavra fortíssima:
irrepreensível. Contudo, mesmo com todo este zelo, somos informados que
existia um porém extremamente incômodo para eles: o grande sonho da vida
do casal não tinha sido realizado por Deus. O tão sonhado filho não
viera. Izabel era estéril. E agora, como equacionar isso na cabeça
daquela filha de sacerdote casada com um sacerdote?
Mesmo
com a tristeza por não poder ter filhos, Izabel não sofreu do mal que
muitos tem sofrido hoje por um motivo: Ela aprendeu a viver sob o olhar
de Deus e não sob as expectativas da sociedade. Hoje as pessoas estão
sendo alimentadas com uma pregação que faz de Deus um despachante que
deve atender os desejos dos “justos”. A lógica que depreendemos dessas
mensagens positivas é: faça tudo certo e Deus cuidará para que nada dê
errado. Acontece que essa lógica só faz sentido se não formos honestos
para com a Bíblia, pois se atentarmos para os relatos da Palavra de Deus
descobriremos que não temos o poder de determinar absolutamente nada no
curso das nossas vidas. E não acontece assim porque Deus é
suficientemente responsável para não permitir que manipulemos as coisas e
muito menos a Ele próprio.
Jó
fez tudo certo e tudo deu errado, Jeremias fez tudo certo e tudo deu
errado e finalmente Jesus fez tudo certo e acabou numa cruz. Ao olhos do
mundo, todos fracassados, sob o olhar de Deus, todos vencedores. Então
chegamos ao coração da questão. Se vivermos preocupados com as
expectativas da sociedade só nos resta um caminho: fazermos tudo como
manda a lógica do mundo e nos distanciarmos de Deus. Caso contrário, se
optarmos por viver sob os olhos do Senhor, então, faremos tudo como Deus
quer e seremos um fracasso para o mundo.
Voltemos
à questão inicial: E quando fazemos tudo certo, mas as coisas não
acontecem como queremos? O problema é que nutrimos uma espécie de
esquizofrenia. Agimos de acordo com uma realidade (a de Deus) e
avaliamos os resultados com base em outra (a do mundo). Quando
aprendermos a fazer tudo certo pela perspectiva de Deus e avaliarmos o
que nos acontecerá de acordo com o plano dEle para a nossa vida, então
veremos que tudo se ajusta. Enquanto operarmos com esta duplicidade,
viveremos nesse dilema entre a ética e os resultados. Nossa piedade e
justiça não constrangerão Deus a satisfazer os nossos desejos, mas viver
justa e piedosamente nos colocará numa dimensão de vida onde Deus opera
todas as coisas para o bem daqueles que o amam.
AFA Neto
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